Navegantes de um navio rumo ao infinito...

Nosso corpo como se fosse um cofre, a sete chaves guarda precisamente cada sentimento que se perde no meio desse nosso difícil labirinto, quantas palavras, gestos, sentimentos e protestos deixaram de fazer ao longo dessa jornada? É... Eu sei que assim é á vida

Mas parem pra pensar, quantos sorrisos deixou de fazer brotar no campo fértil do rosto de um ser angustiado, que por ti tem profundo amor, e uma necessidade impar de ver a necessária reciprocidade de gestos, afeto e importância.

Quantas vezes blindaram a si próprio, com medo de proferir palavras de afeto e não obter o reflexo positivo daquilo que dizia? Quantas vezes você não deixou de falar o que pensa por timidez, e momentos depois ver outra pessoa dizer ha mesma coisa que você tinha pensado; Fazendo com que você se sinta traído por si mesmo, e revoltado com sua própria falta de coragem. Será que assim como eu você já parou pra pensar que deixando de expor aquilo que somos um dia em meio a nossa velhice vamos cantarolar epitáfio (musica dos titãs) e sentir que poderia ter feito mais e melhor? Mas até quem sabe contrariando a letra e não aceitando as coisas como são ou foram... Então?

Assim como um cristal que leva, milênios para enfim tomar uma forma, nós seres humanos levamos uma vida inteira para chegar quase ao fim e parar pra pensar; que forma tomamos?

Rever e mudar é fundamental, é viver novamente e saber apreciar coisas novas... É também saber lidar com o velho de novo como se fosse novidade.

Quantas pedras machucaram nossos pés durante toda essa caminhada e ainda machucam até hoje? Muitas... Agora me diga o porquê de ainda mesmo depois de ter se ferido tanto, continuamos pisando nas mesmas pedras; será que por que andamos em circulo, ou porquê simplesmente aprendemos a conviver e deixamos passar despercebido ao invés de mudar o fluxo dessa jornada?

A vida é longa, porem o tempo passa rápido de mais, talvez se diarimante não refletimos sobre o que fizemos, deixamos de fazer, ou até quem fomos um dia e quem somos hoje... Também visando o futuro e imaginando o que seremos um dia, nunca seremos de fato algo que podemos nos orgulhar. Um cristal tem o luxo de “viver” milênios até tomar a forma que tanto seduz, mas nós humanos não desfrutamos de tamanha sorte.

A nossa vida é curta e não podemos deixar o nosso dia-dia nos mecanizar, e fazer com que só tenhamos consciência disso, momentos antes do nosso coração parar.