"Hasta la vitoria!"

Barricadas, afrontamentos, debates travados. Uma reforma a barrar, uma base para aproximar. Militantes do mundo, da regional, da localidade escondida. Todos com voz, verdades, esperança. Dos passantes curiosos aos lideres revolucionários, todos unidos, todos forjados contra o plano capital. Uns retomam a vida, ligam o aparelho e refeitos dos propósitos anteriores planejam o prospero futuro ou quem sabe o surgimento de um, outros conformados na poltrona aprisionante. Mas há aqueles que dão suas vidas, planejam atos, instigam idéias e crêem na luta, alcançam um transporte mais adiante e a cada dia avançam na construção da verdade de um país, um mundo diferente.

Não existem heróis nessa batalha por todos nós, há apenas pessoas que visualizam a marginalização e a opressão como formato taxativo e de inverdades na realidade comum. Para cada homem, mulher, homossexual, negro e qualquer profissional oiprimido, uma boa dose de luta diária contra o opressor se ergue e a esperança de distribuição igual do que nos cabe por direito. A luta´é de nós todos e não haverá crianças bem alimentadas, juventude na escola e operariado ativo se insistirmos em medidas paliativas e de tapa-buracos.

Jovens, mulheres, unidade. Enquanto a grande mídia retalha as pautas, frentes de luta percorrem o país, os campi, sindicatos, organizaçôes independentes e até o movimento secundarista. Nosso foco não se concentra nas novelas globais, tampouco nos impressos interessadíssimos no moderno porão da ditadura, não se ouve nada, não se modifica nada e as lutas aparecem quando lhes convêm.

Se indignação está nas leituras, se sabemos da miséria e privação, porque motivo ainda priorizamos revistas de fofoca como centro de discussões ou que sabe qual a justificativa aceita para a questão da violência, a única coisa que, normalmente, promoveria reformas, mas para que reformas se as máquinas tapa-buraco das nossas cidades já mostraram ineficiência?

Questões como tais causam indignação relâmpago, veículos da mídia rodeando como abutres na carniça, levantes não-pacíficos, passeatas momentâneas e trabalhos revolucionários.

No fim, a maioria da população, não dominadora de meios de comunicação viciados, prima pelos mesmos fins, mas por meios nem sempre eficazes e convergentes. E apesar da ideologia que nos cerca dizer para a juventude que política é igual a politicagem, que mudança de cenário é conversa de comunista e que desigualdade é obra de Deus, perdão, do capitalismo, mesmo com todos os impasses e caminhando na contramão do processo da mídia, ainda creio na reviravolta dos meios e na importância dos revolucionários.

Andrea Mota
Enviado por Andrea Mota em 19/03/2007
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