DEZEMBRO
Por mais que se seja cético, de que não se faça planos, que grandes projetos não estejam à vista, sempre fica no ar em tempos como esse a sensação de recomeço, de que teremos uma nova oportunidade para fazer melhor.
Tirando os excessos piegas de luz e paz, que nada mais são que combustíveis que alimentam a fogueira do consumismo nos shoppings espalhados pelas esquinas do mundo, do fim que se aproxima sempre fica também a ideia de um novo começo.
Acaba o ano e, mesmo quem já não acredita mais em Papai Noel espera, pede e acredita que as coisas serão melhores. A crença permanece e ela jamais cessará porque fazem com que nos sintamos melhor.
“Quem já não se parou pensando a essa altura nos pouco mais de 300 dias que já se passaram? quem não já se prometeu ter aprendido com os erros desse ano para não repeti-los no próximo? Quem não tem agora alguém que queria pedir desculpas?”. Sempre buscamos ser o melhor de nós, e essa é sim uma regra com poucas exceções, mas nem sempre pudemos ter sido o melhor, ou o suficiente para nos sentir bem e para ter ajudado aqueles que precisaram da gente.
Ta aí, essa é a melhor parte do fim de ano que se aproxima! As coisas podem ser recomeçadas, coisas novas podem ser planejadas, mágoas podem ser esquecidas e perdões podem nos fazer melhores com o avançar do próximo ano.
Quem não já sentiu a sensação de perdoar e ser perdoado? O coração fica leve e já até dizem que faz bem a saúde. Se não puder dizer diretamente, faça saber com atos ou por recados que já não há mais nada que lhe faça ressentir ou desgostar. Para quem errou e quer se redimir a lógica é a mesma, mas o mais importante é ter aprendido com o “pisar na bola” e que se arrependa de coração.
Essa é a magia que pregam sobre o natal e o fim do ano, mas acho que ela poderia durar o ano todo. Seríamos muito melhores se utilizássemos isso sempre e não somente quando 90% do ano já se passaram. Se os Maias estiverem errados e passarmos do dia 21, essa seria uma boa pedida para o ano que vem.
Vamos ser os melhores mesmo quando os sinos não estiverem tocando e quando a árvore não esteja iluminada no cantinho da sala.