OLHEI E PENSEI!
Amo literalmente escrever poesias
Sou anfitriã nata das palavras
Mas o soneto rimado é meu forte
A pena na mão, avisto o norte
Não fico perdida, reconheço a partida
Um pensamento é séria previsão
Discorro rápido, sem contenção
As rimas primas me alucinam
Até sem querê-las eu me animo
E a magrela cansada sofre na mão
Teria que ser automática sua impressão
Para dar conta dos envaidecidos traços
Dançarinas de eterno compasso
O meu valor rítmico a elas eu dou
Se não existissem, que dissabor
Na insônia, olharia pasma o tempo
E jamais ficaria aliviada a contento
De reaver um peito limpo, lavado
Por discorrer livremente tanto legado
E namorar noutra hora o meu desabafo.
03/03/2013,
poesia registrada
Esperança Vaz