DESCRENÇA.
Ontem, faz pouco tempo, encontrei as significativas razões de nossa existência. O tempo parece não ter passado, minha reflexão perseguida resulta consistente em terapias de compreensão incompreendida, arremetem meus pensamentos que andejam e voam, e se espantam, se surpreendem, mas não tropeçam, pesquisam, procuram e quanto mais inquisitivos são, se afogam na realidade de uma verdade nua, sem enfeites. Consagram-se certezas pretendidas recusar. A pobreza de amar tem raízes fincadas em corações majoritários, começa no sonho e acaba no interesse. É assim em todas as relações. Pessoais, mas também estatais, ideológicas, pensamentares, cinicamente e com mais força, religiosas. Um Deus procurado não pode ser traído na soleira da porta de sua casa, com votos castrados pela lama na desfaçatez de instituições sagradas pela Lei Moral, como um voto político não deve nem poderia ser vendido com moedas variadas, com direito civis multiplicados violados maciçamente, da mesma forma que a paixão pessoal não deveria esquecer ter sido um dia como um amor adolescente.
É quando a descrença se abate e a luz conhecida mostra somente sombras.