O tal amor

E que diabos é esse tal de amor?

Sinto que sequer fomos apresentados formalmente.

Sem ofensas ao amor materno, fraternal ou divino. Digo do tal amor tão citado por poetas pouco ou nada lúcidos em seus momentos de inspiração padecida.

O tal fogo que arde sem se ver.

Confesso que em sua plenitude e beleza repetidamente narrada e descrita, não o conheci.

Mãos frias e suadas, coração disparado, respiração ofegante não me parecem ser o bastante para diagnosticar uma paixão avassaladora, ou talvez seja.

Paixão vem e vai, se faz e desfaz tantas e tantas vezes...

Mas e aquela tal cumplicidade, o tal afeto incondicional de dois indivíduos que sentem amor?

Qual o sabor de amar mutuamente?

Adoraria degustar o sabor do amor.

Que seja doce ou amargo, mas que seja quente, nunca gelado.