Quem nunca mente
Quanto mais tentamos desvendar o "exterior", mais nos prendemos em nosso próprio "mundo interior". Aquele mesmo dos "faz de conta" que tentamos alimentar quando queremos fugir de alguma nova descoberta a nosso respeito. Hoje em dia é muito fácil rotular as pessoas, apontar defeitos, criar desculpas. Mas e quando temos que nos olhar no espelho e encarar nosso próprio reflexo? Encarar nossas mentiras, nossas aflições, nossos medos, erros e receios? Esse é o mais difícil, talvez até mais doloroso. E quando sente dever fazer algo parecido, quem é que se atreve? Pois bem. Podemos mentir o quanto quisermos, quando quisermos, como quisermos e para quem quisermos. O que poucos se lembram é que o "espelho" nunca mente. Está sempre lá; frio, ríspido, seco. Pronto a jogar na nossa cara tudo aquilo que tentamos esconder. Mas essa tarefa, muitos bem sabem, é quase impossível.