Exit.

Primeiro ouvi uma sequência de gotas caindo na água, como um conta-gotas musical, fazendo Ploc Ploc Plac. Abri os olhos lentamente, acima de mim um branco imaculado. Sempre acreditei que morrer não doesse nada e que fosse apenas um rito de passagem ou um simples desconectar de fios.

Não sei exatamente por que estou ouvindo gotas quando deveria estar em um silêncio absoluto. Morrer é assim, não é? Como se a gravidade não existisse e se pudesse flutuar, num silêncio absoluto, numa escuridão devastadora e reconfortante. Um pouco assustadora, mas que te acolhe nos braços e te carrega para o início de tudo.

Pg 29 do meu próximo livro.

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 26/02/2013
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