Caçador de si mesmo

Dos astros, por que tentar conhecê-los?

Por que tentar interpretá-los?

O que aprender com eles?

Essas indagações são minhas, da minha natureza. Gosto do que vejo, mas também gosto do que não percebo imediatamente. Gosto do que desperta meu desejo pelo saber. Gosto desta minha necessidade pelo conhecimento.

Aprendo com os outros, o tempo todo, em todos os momentos. Essa troca, tão necessária, é que me faz ser quem sou, hoje, amanhã e depois... E depois, e depois...

A leveza do libriano esbarra na visão geminiana, que tende a ‘considerar’ do artificial ao profundo. Mas este tem que dividir espaço com as águas do peixe, que é instável por natureza, porém sensível e de grande beleza.

Temos todos os signos em um só “corpo alma”, na “mente emoção razão coração intuição”. A procura do desconhecido, tentando conhecer a si mesmo. Tentando compreender o ‘sonho’ idealizado e ao mesmo tempo incerto. Que pode levar tempo para acontecer ou não! Tão presente na memória distorcida, criada ao longo das experiências vividas, no hoje, no futuro imprevisível, ou talvez venha do passado. Às vezes difícil de acessar. Não basta medir, quantificar, relacionar, racionalizar. Exige mais o desprender da âncora, para que ela não impeça viver com sabores.

Isso aqui é só mais uma visão, não é imposição, nem verdade absoluta!

Escrevo o que os meus olhos me mostram, escrevo para os meus próprios olhos. Escrevo para traduzir as minhas próprias dúvidas. Para saciar a minha própria visão humana. Escrevo para alimentar as ondas curtas do meu ser temporal, consciente que 'meu tempo ainda não chegou', como bem deixou escrito Nietzsche: alguns nascem postumamente.

“O Sol é o herói que nós somos, o Ascendente é a “busca” na qual temos que nos aventurar. O Sol é a razão pela qual estamos aqui; o Ascendente é como chegamos lá”. (Liz Greene)

Escrito em 27/1/2009

*Releitura em 25/2/2012