Relíquia

Sabe aquela sensação boa que sentimos quando encontramos certa quantia em dinheiro guardada, onde você jamais imaginava que estava lá? Ou quando encontramos aquele objeto querido que há tempos estava perdido? Acho que é mais ou menos isso que sinto depois que te encontrei, parece-me que aquele sentimento ingênuo, que nos domina sem nos deixar questionar no talvez e que arranca o brilho do olhar e o prazer de sorrir, voltou pra mim.

Tá fácil desbravar um dia exaustivo de rotinas corriqueiras, porque sei que após o pôr do sol eu vou te ver e me refugiar em seu olhar, sentir paz em suas palavras afáveis e carinho prontinho só pra mim.

Como queria que não fosse apenas sonho, viver toda essa emoção com toques precisos de suas mãos! Abraçar-te sem olhar além da janela, sem me importar se chove lá fora ou se o sol está a brilhar, se é noite ou dia, me perder em você, como se tudo que eu precisasse estivesse ali juntinho a mim e se resumisse a você!

Mas é como aquele objeto tão procurado... Armários e baús revirados, agora com ele diante das mãos a gente o olha e não mais se importa, porque não se faz mais necessário! Querer nem sempre é poder, a vida é assim.

Quero-te do tamanho da distância que existe entre nós, ida e volta!

Damiana Almeida
Enviado por Damiana Almeida em 24/02/2013
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T4157103
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