Infelizmente não existe esta tal lei do retorno, pelo menos não como algo efetivo.
Nem sempre o que aqui se faz, aqui se paga, e se aqui não pagamos, não pagaremos em lugar algum.
Outras vezes pagamos pelo que não fizemos.
A realidade existencial é caótica e neste estado caótico de ser e de existir, causas várias, muitas vezes dispares e mesmo desconhecidas, se somam para produzir efeitos totalmente inconcebíveis. A maioria das vezes não existe intencionalidade única para aquilo que acontece no momento presente. Tendemos a ver esta intenção, pois nos é impossível perceber a grandeza da complexidade caótica do existir.
O conceito do “efeito borboleta” não é apenas uma ilusão ou uma figura de estilo ou de efeito. Verdadeiramente, um bater de asas de uma borboleta no Rio de janeiro pode realmente acabar, ao longo do tempo, e em comunhão com outros quase infinitos eventos desconhecidos, simplesmente por efeitos em cascata que se somam, se combinam e se proliferam e acabam afetando o todo, criando ou ajudando a criar um vendaval em outra cidade.
Uma ação, muitas vezes sem maiores pretensões históricas, pode mudar todo o rumo de uma história futura.