Como se chama?

Nunca soube o que era andar, até tentar e cair. Também não sabia como era a chuva, até sair e me molhar, descobrir que a mesma, pode brotar de nossos olhos. Tampouco descobri o que era amar, até o dia em que perdi o chão, te vendo sorrir.

Sempre imaginei que amar era algo fácil, porque não tinha noção. Sempre fui amado, porém talvez, pouco tenha amado, verdadeiramente. Estar pronto para abdicar nossa liberdade e colocar que amamos em primeiro, não é algo fácil e simples. No entanto não seria simples, beijar alguém que anseia por teu beijo?

Em atitudes de orgulho e arrogância, perdi a oportunidade de poder abraçar algo que queria envolver em meus braços. Fui derrotado pela vida, pois não soube dar valor a ela. Ainda é uma marca viva, que deixou uma cicatriz. No entanto, quem sou eu para sobrepor essa chaga, ao outro sofrimento?

Assim sinto algo incomodo por essas lembranças, desconfortável. Claro, não é saudade, e sim a consciência que pesa, pois sabe que a balança é devedora. Não sei classificar tudo isso, pois é confuso...

Sei que foi algo do passado, que poderia estar esquecido. Mais e ainda mais, sinto uma lâmina a atravessar minha pele, sentindo o gosto do sangue, que eu poderia não ter perfurado (o outro lado).

Sentir o frio, quando roubei um cobertor. Arrogância achar que possa ter feito tanto assim? Talvez seja...

Nessa obsessão, que é auto-nociva, tento seguir. Às vezes me pego pensando e descubro o quanto errei. Não sou sábio e muito menos perfeito. Sou sincero e sempre serei eu, pois nunca mudo no meio físico, apenas no mental.

“Abrir uma caixa e saber que a poeira que ali se encontra, foi por não ter sido zelada.”

Earhuon
Enviado por Earhuon em 23/02/2013
Reeditado em 23/02/2013
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