Fênix

Eu sou afortunada pela vida,

Ainda, que pragueje em palavras,

Lamurias e vãs infelicidades.

Eu sou luz diante das trevas...

Ainda, que odiosos exclamem,

Inverdades e indelicadezas,

Não desalentará meu coração...

Ombros suportam o necessário,

Olhos veem a própria realidade,

O confronto entre ação e reação,

Combatemos em silêncio,

Pelo que lutamos?

Em que acreditamos?

Nada é eterno diante da vida...

Momentos se vão, minutos eternizam,

Palavras se perdem, ou elas somam,

Dons são criados, ou são perdidos,

Destinos esperados, ou desmerecidos,

Diga-me o que fazer?

Quando as ilusões não são vendidas?

Se logo, acabou-se seu prazo e garantia?

E o coração recobre-se de cicatrizes,

Exposto em uma vitrine, tão comum,

Entre tantos outros á venda...

Leiloou seu coração, sua vontade de lutar,

Entregou-se ao mar revolto das amarguras,

O coração não bate, mas, seus olhos refletem,

As águas frias, e o medo de entregar-se,

Ao sol que nascia no horizonte, e a sua gloria,

Esqueceu-se de sua luz, deixou o tempo enfraquecer,

O cuidado e o carinho que tinha pela vida...

E num instante, quando ninguém observava,

Desapareceu-se, fechou-se como uma concha do mar,

Envolveu-se dentro de suas emoções, e sonhos,

E ao abrir-se, redescobriu o amor próprio,

Emergiu, reviveu-se, e caminhou em firmes passos,

Rumo ao que acredita, por aquilo que lutaria,

Ou mesmo morreria.

Querida fênix...

Você é uma vencedora na vida,

Quando morre tu ascende seu fogo,

Você renasce das cinzas e transforma,

Duras palavras em lindas poesias,

É capaz de suportar a dor calada,

É capaz de amar, ainda que ferida,

Encanta meus olhos de beleza,

E meu coração se enche de harmonia,

Ensinou-me em que acreditar,

Ou pelo que devemos lutar.

Obrigada.

Danielebianca
Enviado por Danielebianca em 19/02/2013
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T4147866
Classificação de conteúdo: seguro