A Carta.

Carta para meu amor!

Ah, eu te amei, amei desde aquele primeiro momento e nem sabia. Uma brincadeira gostosa e lá estava eu, entrando de cabeça no que seria o melhor de minha existência. Amei mesmo sem saber e me entreguei. Na brincadeira dizia tanto, mas tanto que quando percebi, eu já não me pertencia. Te amava e era tua, como nunca fora de mais ninguém. Fomos nos envolvendo e mesmo sendo uma utopia, estávamos lá, nos dando sem sabermos no que iria dar. Passaram-se os meses e tudo aquilo foi crescendo e nos envolvendo dia a dia. Hum, relutamos, não foi? Não queríamos admitir que já não era mais controlável o que sentíamos. Mas aí veio o medo e ele foi tão forte que nos jogou para longe um do outro. Passaram-se meses e a dor da separação até ficou mais branda, mas a saudade ainda era latente, presente e judiava ainda que calada! Mas o destino é sábio e só estava nos dando um tempo para aceitarmos os fatos. Nos amávamos e nada poderia mudar isso. Este mesmo sábio destino, nos colocou novamente, frente a frente e já não havia mais como nem para onde escapar. Tivemos que nos olhar nos olhos e finalmente admitimos. Nos amamos e queremos estar para sempre juntos. Para sempre, talvez seja tempo demais, mas como bem disse o poeta, “que não seja imortal posto que é chama, mas infinito enquanto dure”. Haverá de durar a eternidade de um instante, o instante em que eu te amar pela primeira vez...

(Fátima Ayache)

23/03/2001)