Asfixiada...

Soterrar sentimentos

É como está num túmulo em vida...

Deixar de sentir...

Deixar de tentar sentir

É como debater-me numa cova rasa

Falta-me o ar... Foge-me o fluido vital

É contrario do meu querer

É necessário no meu fazer...

Antagônicas minhas emoções

Ora veneram a ilusão

Por vezes abraçam a razão...

Já nem sei como fugir de mim

E de minhas tantas questões

Por quê?

Pra que?

Respostas cifradas

Meu cognitivo não acompanha...

Meu raciocínio fenece...

Desconectada!

Meu momento é de ampulheta virada

Tempo correndo

Vida encerrada

Sem final definido... Nada!

Uma interrogação me segue os dias...

Então busco resposta nas linhas...

Dispo-me da solidão

Acompanhada de mim... Busco-me assimalcançar...

Acho-me na berlinda

Atiro então a corda da salvação...

A palavra escrita, por assim dizer,

Resgata-me da sensação

De finalização de o meu sonhar.

Asfixiada!

Observadora
Enviado por Observadora em 16/02/2013
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