Asfixiada...
Soterrar sentimentos
É como está num túmulo em vida...
Deixar de sentir...
Deixar de tentar sentir
É como debater-me numa cova rasa
Falta-me o ar... Foge-me o fluido vital
É contrario do meu querer
É necessário no meu fazer...
Antagônicas minhas emoções
Ora veneram a ilusão
Por vezes abraçam a razão...
Já nem sei como fugir de mim
E de minhas tantas questões
Por quê?
Pra que?
Respostas cifradas
Meu cognitivo não acompanha...
Meu raciocínio fenece...
Desconectada!
Meu momento é de ampulheta virada
Tempo correndo
Vida encerrada
Sem final definido... Nada!
Uma interrogação me segue os dias...
Então busco resposta nas linhas...
Dispo-me da solidão
Acompanhada de mim... Busco-me assimalcançar...
Acho-me na berlinda
Atiro então a corda da salvação...
A palavra escrita, por assim dizer,
Resgata-me da sensação
De finalização de o meu sonhar.
Asfixiada!