Pedaços ao vento
Estou catando os pedaços da carta que rasguei,
Pensei que não houvesse mais significados;
Pensei que a vida tinha me maturado a tal ponto;
Pensei que todo sentido existido já era mero;
Pensei que o coração meu ajudar-me-ia a não mais sofrer.
É! Mais uma vez encontro-me enganado e catando os pedaços
Minúsculos da carta que rasguei.
Quem dera o tempo pudesse ajudar-me nesta justa hora,
Mas a hora não colabora nos momentos de aflição, afinal ela nunca “ajuda”.
Até o vento resolveu atormentar-me lançando os últimos pedaços que me restavam para o abismo infindo.
Faria sentido todo esse rebuscar de fatos que no momento não me será conveniente?
O que seria sentido para quem já se encontra iludido com toda essa ilusão que trás o amor?
Agora o pouco que me restou ainda posso ler uma frase que fala: - eu --- amo, mas por infelicidade uma silaba faltou, e agora o que devo interpretar com isso?
Eu te amo, ou eu me amo?
No momento o que mais me é conveniente é a silaba te, porque meu coração escolheu essa, no entanto não sei se devo segui-lo, mas se eu não devo segui-lo e qual o meu objetivo de resgatar esta carta espedaçada?
Estou dividido, espedaçado... Não sei quem está mais fragmentado se a carta ou EU...
Minha pena não quer que eu escreva mais...
Tenho que parar.
E vou parar.