Guarda-chuva
Saí de casa, o sol estava tão contente
Não parecia que se zangaria tão rápido
Fui resolver a correria do dia-a-dia
Filas de supermercado
Contas a pagar
Sacolas pesadas
Mais pesado ainda os impostos
Que assaltam a população
Uma vergonha!
Mas se não paga
Não come
Não dorme
Não faz amor também?
E lá estou, quando de repente
Chuva... chuva... mais chuva...
Espera!
Esqueci algo que me protegesse
Ainda enfrentar o ônibus! Affs!
É... Não é moleza não.
Eu tenho um carro Zero (0)
Quando chegar ao 1 – avisarei!
Fui correndo a uma banca
Comprar guarda-chuva
Que sorte eu tive!
Aqui em minha cidade alguns comércios
Não aumentam os preços na necessidade
“Menos mal”
E assim fui para casa abrigada
Talvez não como quisesse
Mas foi-me útil!
Só se dá valor ao guarda-chuva
Quando dele precisamos...
Porém, depois desse fato
Fiquei cá a refletir algo:
Será que quando a chuva da vida
Surpreender-me
Terei um guarda-chuva emocional?
Encontrarei lojas que o estocam?
Ou ficarei abaixo
De um toldo de mercadinho
Atrasando a minha vida
Enquanto a chuva samba?
Não sei...
Ou sei?
Vou pensar...