Guarda-chuva

Saí de casa, o sol estava tão contente

Não parecia que se zangaria tão rápido

Fui resolver a correria do dia-a-dia

Filas de supermercado

Contas a pagar

Sacolas pesadas

Mais pesado ainda os impostos

Que assaltam a população

Uma vergonha!

Mas se não paga

Não come

Não dorme

Não faz amor também?

E lá estou, quando de repente

Chuva... chuva... mais chuva...

Espera!

Esqueci algo que me protegesse

Ainda enfrentar o ônibus! Affs!

É... Não é moleza não.

Eu tenho um carro Zero (0)

Quando chegar ao 1 – avisarei!

Fui correndo a uma banca

Comprar guarda-chuva

Que sorte eu tive!

Aqui em minha cidade alguns comércios

Não aumentam os preços na necessidade

“Menos mal”

E assim fui para casa abrigada

Talvez não como quisesse

Mas foi-me útil!

Só se dá valor ao guarda-chuva

Quando dele precisamos...

Porém, depois desse fato

Fiquei cá a refletir algo:

Será que quando a chuva da vida

Surpreender-me

Terei um guarda-chuva emocional?

Encontrarei lojas que o estocam?

Ou ficarei abaixo

De um toldo de mercadinho

Atrasando a minha vida

Enquanto a chuva samba?

Não sei...

Ou sei?

Vou pensar...

Jacqueline Campos Rojas
Enviado por Jacqueline Campos Rojas em 14/02/2013
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