Caos e sanidade
‎"Eu vou rasgar poemas, gritas ilusões, tempestuar as magoas, arrebentar as cordas dos violões. Vou chorar, rir, enlouquecer. Fodam-se os anjos e meus demonios! Deixe-me em paz para beirar a minha propria insanidade, são de loucuras que os poetas são feitos. Vou versificar-me, musicar-me, cifrar-me, libertar-me, ser eu. Ah, dane-se minha liberdade e minha prisão! Quem sou eu além de poeta louca? De musicista masoquista? De menina sorridente com desejos de mulher chorosa? Um eterno coração apaixonado congelado por falsa palavras? Ah, fodam-se e danem-se! Deixem-me ser eu. Deixem-me correr e tropeçar, sorrir e chorar, cantar e desafinar, escrever versos incoerentes, conjugar o mim de mim mesma. Fodam-se meus anjos e demonios! Foda-se aquela que ri de mim no espelho!"