Sentido

Não faz maior sentido sentir o sentido do que não se faz.

Sentir um sentimento platônico, ou o sentido do mundo idealista é sentir um pouco do sonho, que como sentido é aberto a todas as formas de mentiras e irrealidades, assim sendo um sentimento sem sentido real, apesar de ser real o seu sentimento.

Não sou contra sonhar, mas o sonho só tem sentido no mundo puramente mental ou ideal. Sentir a esperança ou ter a esperança de encontrar sentido num amanhã remoto ou em um porvir independente do sentido real do que possa eu fazer ou sentir do que é realizado, é sentir um pouco daquilo que não faz muita diferença sentir. Somente faz sentido sentir aquilo que se faz, sentir o sentido da ação e da ousadia de tentar fazer, sentir não a esperança, mas o sentido da construção, real, possível e imanente daquilo que podemos fazer, e assim ter o dever de sentir o real sentido, como forma de mensuração daquilo que sentimos e daquilo que os outros possam estar sentindo. Mesmo sentir a felicidade no sentido abstrato de sentir o que não se pode realizar é se perder do verdadeiro sentido de sentir o que se estar a fazer.

O significado do sentir deve sempre significar algo de real em que o sentido reflita uma verdade de significado, não meramente introspectiva, sendo sempre introspectiva, mas que signifique que o sentido deve fazer sentido frente ao que realmente é imanente sentir.