Aparando as Arestas
Arestas
Para aparar as arestas, do que restou das festas vividas sempre a dois e ao luar
E sorver a champagne, que transformou em sonho, a noite que começou em uma mesa de bar
Depois sonhar que em seus braços, a vida teria o sabor
das flores ao desabrochar
E sempre sentir a saudade, do sal de sua pele nos loucos momentos de amar
Para me entregar inteira, sem pudor e sem mentiras e os mais lindos sonhos acalentar
Sem supor que se afastava, que a outros braços se entregava e que iria me abandonar
Para no final de tudo, sentir que só a saudade é quem hoje ocupa em meu peito,
esse que foi seu lugar.
(Fátima Ayache)
28/07/99