Pressão.

Enfim ela voltou. A pressão está de volta.

Ela é como se fosse um bicho indomável, sempre treinando e ficando mais forte. Tento à todo momento mantê-la à rédeas curtas, tendo tudo sobre controle, mas nem sempre é possível. A fera se liberta e toma o poder de você. Sua mente esvazia-se cheia de pensamentos. Sentimentos que são jogados em sua corrente sanguínea, e em instantes a fera está dentro de ti. Agora você é dominado.

Estou tentando colocá-la de volta em seu lugar. Como? Me ajude.

Oh não! Só há um jeito de tirar isso de dentro de mim.

- Machuque-a! - Disse.

- Não - Exclama o doce garoto - Não farei isso!

- E como você pretende libertá-la se a mantem dentro de si?

- Já tentei esquecê-la, mas ela volta.

- Então retire-a, deixe-me lhe ajudar.

Então você é domado por outro sentimento, um sentimento horrível. Destrutivo. A sua mente vazia com pensamentos lotados se multiplica por dez, e assim vai aumentando até que você explode.

Socos, chutes, esmurres. Sofrimento, dor, sangue. Nada mais importa, apenas o alívio de estar a salvo de novo. Mas não por muito tempo.

- Tenha cuidado, meu jovem. Um garoto não pode andar sozinho por aí.

- Sim, eu entendo. Serei cuidadoso.

- E lembre-se que até o mais cauteloso guerreiro um dia derrubou sua espada. Não perca esta batalha.

- Continuarei seguindo em frente, batendo com o inimigo. E não se preocupe, pois já sinto o fim dessa guerra chegando. Esta fera não me domina mais.

- Então é isso. Adeus, meu jovem guerreiro.

Guilherme Henrique
Enviado por Guilherme Henrique em 11/02/2013
Reeditado em 24/03/2013
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