Pressão.
Enfim ela voltou. A pressão está de volta.
Ela é como se fosse um bicho indomável, sempre treinando e ficando mais forte. Tento à todo momento mantê-la à rédeas curtas, tendo tudo sobre controle, mas nem sempre é possível. A fera se liberta e toma o poder de você. Sua mente esvazia-se cheia de pensamentos. Sentimentos que são jogados em sua corrente sanguínea, e em instantes a fera está dentro de ti. Agora você é dominado.
Estou tentando colocá-la de volta em seu lugar. Como? Me ajude.
Oh não! Só há um jeito de tirar isso de dentro de mim.
- Machuque-a! - Disse.
- Não - Exclama o doce garoto - Não farei isso!
- E como você pretende libertá-la se a mantem dentro de si?
- Já tentei esquecê-la, mas ela volta.
- Então retire-a, deixe-me lhe ajudar.
Então você é domado por outro sentimento, um sentimento horrível. Destrutivo. A sua mente vazia com pensamentos lotados se multiplica por dez, e assim vai aumentando até que você explode.
Socos, chutes, esmurres. Sofrimento, dor, sangue. Nada mais importa, apenas o alívio de estar a salvo de novo. Mas não por muito tempo.
- Tenha cuidado, meu jovem. Um garoto não pode andar sozinho por aí.
- Sim, eu entendo. Serei cuidadoso.
- E lembre-se que até o mais cauteloso guerreiro um dia derrubou sua espada. Não perca esta batalha.
- Continuarei seguindo em frente, batendo com o inimigo. E não se preocupe, pois já sinto o fim dessa guerra chegando. Esta fera não me domina mais.
- Então é isso. Adeus, meu jovem guerreiro.