(amor/ partilha)

              Entro silenciosa na madrugada carnavalesca para pegar um livro na estante do escritório.
 Sou advogada de profissão e sobre a escrivaninha as cartilhas do amor empilhadas. Pedidos
de pensão alimentícia, justificação de convivência afetiva, pedidos de  regulamentação de direito de visita
a filhos menores, divisão de patrimonio de sociedades conjugais, desconto de pensões em folhas de pagamento...
          E lembro-me quando ele ia buscar as crianças dele para ficar em nossa casa......, sempre independente eu havia assumido contra o destino a minha terrível profissão e sempre usufrui da liberdade de manter-me com meu trabalho e lembro-me quando eu, chegada por amor, tive que pagar pensão  por ele do meu
trabalho para os seus filhos, por amor e nunca me indispor contra a presença sempre constante da outra /mãe dos filhos dele  ....e lembrei-me que uma senhora Flor tem muito  ainda que
aprender, que viver, mesmo  que possa  ter mais de cento e cinquenta anos...
Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 10/02/2013
Reeditado em 10/02/2013
Código do texto: T4132874
Classificação de conteúdo: seguro