Por mais que eu me esforce...
Eu não consigo entender...
O meu grito contido...
Não sei porquê...
Por mais que eu me esforce...
Eu não consigo entender...
A falta de força entre o querer...
E o fazer...
Não sei porquê.
Seria este sonho tão louco?
Que o realizar me gerasse vida...
Mas me matasse...
Aos poucos...
Meu lindo sonho louco.
Contemplei-te...
Formei-te...
Na minha alma...
Mas infelizmente...
Não sei porquê...
Não senti.
Senti sim:
A dor inefável...
Dos que amam...
Algo distante...
Lindo...
Intocável...
Não sei porquê?
Doce sonho louco.
De loucuras não realizadas...
Mas imaginadas...
Perfeitas...
Com a doçura de um verso...
De um poeta...
Dito...
Louco.
Ah!!!
Como eu quero continuar...
A ver...
Nos meus singelos escritos...
O sentido dos meus sonhos...
Perdidos. (ou escondidos)...
Não sei onde...
Às vezes por um segundo...
Eu chego...
A ver-te...
Eu chego a tocar-te...
Quase a pegar-te...
Mas não sei porquê????
Foges das minhas mãos.
Penso eu:
És tão singelo...
Meu...
Sonho louco!
Que não podes ser tocado...
Pois não és...
Qualquer sonho...
Onde a lucidez pode...
Chegar...
E de forma bruta te materializar...
Onde todo mundo poderia ver...
E te tocar.
Afinal de contas és um sonho...
Que cultivei durante uma vida...
Pra ser meu...
Num egoísmo sobre modo...
Delirante.
Que me dou o direito...
De ministrá-lo do meu jeito...
Em doses homeopáticas...
Sem perder...
A fragrância do ser.
AH!!!!
Esse sonho:
Não foi feito......
Pra gritar...
Mas sim feito...
Para sonhar.
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