ACASOS

Eu deveria estar prestes a conhecer minha nova vida, mas Deus não quis que assim fosse.

Por quê?

E agora, pisando no inferno, derramo minha angústia. Há aceitação, mas não há aceitação sem dor.

Tenho certeza que há um meio de sair, mas por enquanto não posso.

Não é orgulho, mas uma sede de estar além de mim! Uma sede de carregar lembranças que me sejam favoráveis para a futura solidão, ou mesmo adiantar o que talvez, em breve, assim não seja.

Todavia é notável a escassez da água.

Ao invés dela, tudo que há são só coincidências. - chamá-las-ei assim porque desconheço seus motivos - E que malditas! E que bárbaras! Elas sobram! Caem do céu. Colorem o mundo, malditas!

Escrever se resume a uma delas.

Viver desta maneira também.

Malditas sejam! Maldito o dia que começaram! Naquela casa, no inicio de uma adolescência macabra!

Por quê? E por que continuar? E por que pensar?

Não quero saber o motivo de sua existência, entretanto, desejo uma morte instantânea desses acasos! Se possível, o quanto antes.

Outra vida, tudo o que queria... Mas permaneci nessa coincidência!

Os mesmos passos, o mesmo maldito diálogo, a mesma maldita opção, o mesmo maldito mundo!

Por um momento até pensei que.. Mas pelo menos isso era diferente, eu sentia, graças a Deus, ódio.

Mas um ódio que não prejudicava ninguém, só a mim por um momento, até ser tudo indiferente.

Taty Sbrugnara
Enviado por Taty Sbrugnara em 08/02/2013
Reeditado em 08/02/2013
Código do texto: T4129134
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