Um Antigo Homem
Os obstáculos são impuros.
E nós tentamos o máximo,
Para que sejamos resgatados,
Pelos desejos do coração.
Então lá estava a pintura de cabeça para baixo.
Um velho, uma barba grisalha e seu copo de vinho.
E em seu rosto havia um desejo,
E em seu peito havia um espaço vazio.
E quando nos sentimos sozinhos,
Há sempre uma canção para nos libertarmos.
Cante-a para si mesmo.
Oh, cantamos para nós mesmos.
São inventores de maldades que nos levam a impureza.
E nós perdemos um pouco de respeito,
Como a nossa imensa natureza.
Cantamos as piores mentiras,
Para que saiam de nossas bocas para nunca mais voltar.
Oh, cantamos enquanto muitos dormem.
Então lá estava a sombra de um homem, de cabeça para baixo.
Um homem velho, uma bengala antiga e suas histórias para contar.
E seus pés se mostravam tão naturais.
Tão dispostos a caminhar.
Descalço sob a areia do mar.
E todos os meus amigos se tornaram poeira.
Assim como o meu coração se tornou de madeira.
Mas eu sei que poderei voltar,
Pois a ninguém jamais neguei se quer uma palavra.
E cá eu estou.
Sentado sob a areia do mar,
Apoiando-me em um antigo violão.
Contando cada fio de fumaça que se esvai de meu pulmão.
Então lá eu estava.
Com minha barba grisalha e um copo de vinho.
Então lá eu cantei.
Eu cantei o hoje imaginando o meu destino...