Um Antigo Homem

Os obstáculos são impuros.

E nós tentamos o máximo,

Para que sejamos resgatados,

Pelos desejos do coração.

Então lá estava a pintura de cabeça para baixo.

Um velho, uma barba grisalha e seu copo de vinho.

E em seu rosto havia um desejo,

E em seu peito havia um espaço vazio.

E quando nos sentimos sozinhos,

Há sempre uma canção para nos libertarmos.

Cante-a para si mesmo.

Oh, cantamos para nós mesmos.

São inventores de maldades que nos levam a impureza.

E nós perdemos um pouco de respeito,

Como a nossa imensa natureza.

Cantamos as piores mentiras,

Para que saiam de nossas bocas para nunca mais voltar.

Oh, cantamos enquanto muitos dormem.

Então lá estava a sombra de um homem, de cabeça para baixo.

Um homem velho, uma bengala antiga e suas histórias para contar.

E seus pés se mostravam tão naturais.

Tão dispostos a caminhar.

Descalço sob a areia do mar.

E todos os meus amigos se tornaram poeira.

Assim como o meu coração se tornou de madeira.

Mas eu sei que poderei voltar,

Pois a ninguém jamais neguei se quer uma palavra.

E cá eu estou.

Sentado sob a areia do mar,

Apoiando-me em um antigo violão.

Contando cada fio de fumaça que se esvai de meu pulmão.

Então lá eu estava.

Com minha barba grisalha e um copo de vinho.

Então lá eu cantei.

Eu cantei o hoje imaginando o meu destino...

Rafa Spinola
Enviado por Rafa Spinola em 06/02/2013
Código do texto: T4126761
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.