Constante

Já sentiram uma dor que não é capaz de doer mais? Uma dor que doeu, chegou no seu ápice, explodiu e permaneceu constante? Venho falar aos meus caros que já sentiram a dor da perda, ou a dor do amor, ou que seja, a dor da perda e do amor. Certo dia me senti uma castelo de gelo, existia confusão dentro de mim, era um sentimento desconhecido, não sabia de certo se ainda era um sentimento, ou se dessa vez a dor me fez parar de sentir. Observei meu interior por mais uns dias, e cheguei a conclusão do desconhecido dentro de mim... era ela, a dor constante, a mais consumidora e devastadora que já se viu. Como eu estava presa com correntes imaginarias de certos seres, e encurralada no corredor da razão, só me restou conhece-la. A dor constante é nada mais nada menos do que o resultado de estar-se encurralado, é o ponto onde os seus sentimentos são ligados no automático e a sua imaginação é ligada ao nível máximo! Esta me fez ter sensações estranhas , seriam devaneios? A falta da perda, a falta do amor, ou a falta da perda e do amor me faziam te sentir constantemente através da minha imaginação, eu podia andar e te sentir perto, eu podia sentir seu perfume no ar e até mesmo o seu toque quando já não existia esperança dentro de mim.. E então eu me perguntei, esse sentimento louco, seria favorável a falta? Pois é claro, ela bania o choro, o pensamento, o desespero, e até mesmo o ódio de tudo ou todos que te tiraram de mim... O único problema dessa dor é que ela te torna desumano, você não precisa mais sentir o aperto avassalador, não precisa mais chorar por dias sem parar, não precisa mais perder a fome, o sono, não precisa entrar em desespero a ponto de fazer besteiras, e sejamos francos, sentir isso é ser humano. Essa dor tem uma leve rixa com o fogo da paixão, ela te deixa literalmente comum, literalmente constante, e a esperança lá no fundo grita dentro de você pra que se recorde de tudo isso, pra que viva intensamente em busca do que te faz despertar esse amor, pra que não veja como o fim e pra que se lembre sempre de que o que é bom só vem com luta. Então eu olhei pro meu teto e pensei por dias a solução de toda essa confusão, sofrer ou deixar que a dor constante te torne um ser automático? Nenhum dos dois! A solução seria amor, de todas as partes do universo e maneiras possíveis. Não tenho culpado aqueles que não o sabem oferecer, pois sim, alguém já ofereceu a eles? Aquele que impede, bane, luta contra um amor é porque nunca o sentiu da forma verdadeira. Se desde o início existisse somente o amor, não existiriam pessoas vazias, não existiriam problemas psicológicos, não existiriam assassinos em série, não existiram jovens preenchendo-se nas drogas ou na folia, não existiriam suicídios e assim consequentemente nada de dor, vivo me perguntando, quem foi você ai que parou de demonstrar, sentir ou viver o amor? Sua mania se prolongou, e causou um grande estrago. Queria poder acreditar na existência de um dia onde a razão não pararia nada, seja a gravidade, seja a inércia, e principalmente o amor, onde no momento em que a dor constante quisesse se alastrar, a explosão de amor ocorresse. A conclusão? Fique por si só, eu ainda tenho o trabalho de pensar na minha.

Debo
Enviado por Debo em 03/02/2013
Reeditado em 03/02/2013
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