- Também.
Separamos-nos uma única vez, o suficiente para desprender nossos braços dos abraços mais sinceros e completos que pudéssemos conhecer.
Éramos mais do que um casal, éramos um poema completo. Éramos aquela música que toca sempre na rádio, mas que os ouvidos jamais enjoam de ouvir.
Recordar os sorrisos dados provocam novos sorrisos e saudades tão gritantes que é quase impossível ouvir o tempo passar.
Separamos-nos. Pra falar a verdade ainda desconheço os motivos que me levaram a jogar nossas alianças fora. Não consigo me apegar a uma desculpa qualquer para explicar porque desisti dos nossos planos. Às vezes culpo a carência, à distância, os ciúmes, ou a nossa falta de jeito com a saudade. Às vezes não culpo ninguém. Às vezes só choro em silêncio, relembrando vez ou outra o casal perfeito que éramos.
Reencontrar-te desmontou meu peito, bagunçou todas as gavetas que se mantinham arrumadas por três anos. No mesmo passo que minhas mãos seguiam trêmulas, meu coração se debateu com tanta força contra as costelas que foi possível perceber o jeito descontrolado de respirar e a vontade imensa de jogar meus braços em volta de você.
Eu te perdi, eu perdi nossos momentos, eu perdi nossos planos, eu perdi a oportunidade de que fossemos um na mesma cama.
Agora não somos mais um casal cheio de planos, sorrisos e ressaca. Não trocamos mais olhares e nem entrelaçamos nossas mãos. Já não sei se ficamos presos em um mês de março passado, ou se nos apagamos até mesmo de nossas lembranças.
Meu medo é não te encontrar mais no meu destino...
“Só seremos felizes se a gente fugir daqui”... se você estiver afim, as malas já estão arrumadas.