PAUSA

Uma mensagem, um pedido de ajuda.

Sem que ela sequer pressentisse, tudo mudou.

Descobriu uma força enorme, nem teve tempo de pensar em si mesma.

E, institivamente, se lançou no resgate e no estender a mão. Precisavam dela, de uma maneira que, sua vida tão tranquila, não podia imaginar.

Teria que fazer escolhas. Pela pessoa que tanto precisava dela. Novos planos, postos em prática com rapidez.

Fez uma pausa para si mesma, nos próprios sonhos, no próprio espaço

A vida de alguém precisava da renúncia da rotina familiar de si própria.

Naqueles dias, a manhã, a tarde e a noite se sucederam estranhamente rápidos.

E as madrugadas a pegaram acordada a pensar, sem notar as estrelas e a lua prateada.

O que fazer, e como fazer ? Para que este estender de mão fosse o mais natural possível?

Para não causar incômodo e, assim, pudesse ser realmente um estender de mãos.

E fica uma fé enorme de que, aos poucos, retome o controle de si mesma. Espaço e tempo, para novos sonhos, para os escritos que tanto ama.

A “leitura” da paz nos olhos à sua frente é o que lhe basta.

Fica esta pausa em si mesma.

E a esperança de acordar se encantando, novamente, ao canto do sabiá.

Saudando um novo dia, nesta nova vida.

Nuria Monfort
Enviado por Nuria Monfort em 02/02/2013
Reeditado em 02/02/2013
Código do texto: T4119030
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