Criatividade frustada e estressada
No meio do ócio da "internetz" me deparei há muito tempo com um vídeo de um programa de auditório chamado TED.
Curiosamente, era de um livro que eu jamais estaria disposta a ler e sempre que possível tinha um preconceito a respeito dele, pois achava altamente ridículo algo que retratava a vida de uma mulher que divorciou do marido, arriscou tudo para viajar a três lugares totalmente diferentes um do outro.
Acredito que vocês saibam que eu estou falando do livro Comer, Rezar e Amar da autora Elizabeth Gilbert.
Voltando ao TED, eu realmente fiquei impressionada com a discussão dela que é Your elusive creative genius (na tradução seria: Seu gênio criativo esquivo ou travesso dependendo do contexto), mas basicamente o assunto se tratava de algo que eu penso todos os dias da minha vida enquanto curso Publicidade propaganda que seria a fonte de criatividade.
Realmente, a criatividade é algo maravilhoso, adoramos as pessoas altamente criativas e inovadoras prestigiamos o trabalho delas, ao mesmo tempo que, se elas falharem nós a crucificamos como o pior ser do mundo. Eu tenho esta atitude com a J.K Rowling.
Recentemente descobri em um dos meus ócios da internet e procurando coisas que ela pretende continuar a saga Harry Potter. Eu entrei em pânico. Como ELA poderia continuar algo que teve um começo, meio e fim perfeito? Como ELA pretende estragar uma obra de toda a vida dela caso a continuação seja um fracasso total? Com todos esses pensamentos de raiva e de fã me lembrei da entrevista da Elizabeth Gilbert.
Eu estava sendo dura demais com a coitada da J.K Rowling.
Assim como todas as outras pessoas são com profissionais que trabalham na área de criatividade.
No caso da publicidade é algo mais aterrorizante ainda, não trabalho na área por enquanto. Tenho pretensão, porém ainda não descobriram o poço de criatividade que estão perdendo (Brincadeira).
Mas, Basicamente somos profissionais no qual os clientes exigem que resolvemos um problema de determinada falta de comunicação na marca ou produto e que seja algo criativo e inovador e ele não gaste o bastante nesse processo criativo, pois acredita que isto seja a coisa mais fácil do mundo para se feita.
Pois é, triste.
Mal eles sabem que o processo criativo é algo que você não provoca. Ele surge. Pelo menos para mim.
Em uma das partes do vídeo de Elizabeth Gilbert achei fantástica a conversa que elas expôs com uma poeta (Que eu não consegui entender o nome, pois o vídeo está todo em inglês) no qual o poema surgia no meio de alguma tarefa e que ela corria como o inferno para pegá-lo e poder escrevê-lo num pedaço de papel.
Eu me sinto assim.
Estou há anos com uma história na cabeça (Alias eu pretendo colocá-la futuramente no meu blog) que é uma HQ. Bom, ela não vai para frente. Já criei "N", incontáveis começos para ela e meu projeto não anda pelo simples medo de falhar e ser um fracasso. Sem falar da preguiça, desmotivação, trabalho, faculdade e família que sem hipocrisia, acham que o trabalho criativo é feito por pessoas altamente instáveis, bêbadas e folgadas.
Bom, colocarei o vídeo no meu blog, mas aviso de antemão que ele não está com legendas, peço a gentileza que me perdoem, pois procuro um programa para colocar legendas ou ele todo legendado.
Quem quiser postar nos comentários programas para colocar legendas fico muito agradecida :D
Vale muito a pena para pessoas que estão na área de criatividade darem uma olhada, por mais que seu gênio criativo seja o mais esquivo possível, tente respirar e como diz Elizabeth Gilbert:
- Olê!