Sobre Aquilo Que Ao Avistar, Deveríamos Perceber.

O elogio programado torna-se ainda mais perigoso por não percebermos que, o fato de parecermos pessoas maravilhosas por gestos externos (quando deveria ser por internos) aos olhos de outros, teria um prazo de validade. Pois vivemos numa gaiola tão bem arquitetada e decorada, que não enxergamos que o valor existe apenas enquanto agradamos. Mas é justamente aí que mora a questão do caráter. É evidente que não é preciso dar a outra face a todo momento. Levando em conta uma possível valoração da qual não temos o ponto de medida, não há mal que não possua um bem e também não há quem faça o bem sem deixar de fazer um mal. Seja aos outros ou a si próprio. Justamente neste ponto falo de caráter, pois é necessário que alguém possa se sacrificar. Às vezes é preciso olhar não mais para o que te fez chorar, mas sim para uma esperança de boa mudança que parta de cada um, pois somos falhos e estamos no mesmo barco. É preciso deixar um pouco o ego de lado e saber pedir perdão e saber perdoar. Isto não anulará o mal que foi feito, mas presta um grande serviço à humanidade, por quebrar toda uma sequência de agressões justificadas como "proporcionais" por seres que não entendem de proporção e, na minha opinião, não têm essa capacidade de saber. Mas por quê? Claro que algo deva ser feito, então veja o problema: quando julgas, estás a julgar algo que já passou. Todos nós julgamos o passado e a versão de cada deturpa os fatos. Então, melhoremos!