Você, sempre você (ChangCheng)
Quando pensei que já tinha alcançado o auge, parado para analisar percebi que me faltava ainda um pedaço, faltava encorporar-me de vez você. Logo você que esteve presente em minha vida desde o início de minha jornada em busca da tão sonhada evolução, estava faltando no meu todo e então, como não poderia deixar de ser fui a tua procura mais uma vez.
Lembra? Quando consegui abrir a primeira porta do caminho que me levaria ao desconhecido, tremia, vacilava, mas você apareceu e pegando minha mão sorriu e apenas com esse sorriso me enchi de forças o suficiente para encarar os primeiros desafios da vida, segui em frente confiante de que dalí em diante você não mais me abandonaria.
Mas muitas vezes com as atribulações que este percurso nos reserva, talvez ainda não dotado de inteligência suficiente para compreender os desígnios da vida, o esqueci momentâniamente e aí, veio os revés, os sofrimentos, as dores e as decepções. E quando pensava que tudo já havia acabado, que era o fim, lembrei-me de você, não foi nem preciso gritar e já estavas ao meu lado de prontidão mais uma vez sorrindo, deu-me novamente a mão levando-me de volta ao caminho de onde nunca devia ter desviado, abrindo-me a segunda porta e partiu seguro de que desta vez eu havia te encorporado.
E veio outras portas, e mais outras, transpunha-as com a maior naturalidade sentido a tua presença sem mesmo o ver, mas confiante seguia em frente, não era esse o objetivo? Evoluir sempre? Bastou encher-me de confiança que já me imaginei completo e por pouco não voltei a deparar-me defronte à primeira porta, titubeando, sem saber se a abria ou não. Mas você com a tua fidelidade se fez presente e sorrindo disse, sim porque desta vez você disse, me incorpore, porque com a tua mão segurando a minha alcançarás a mão de Jesus. Você, sempre você. (Dedicado a ChangCheng).