o Romantismo da lucida loucura

Eu morro, morro mesmo

eu sinto o fogo do inferno ferindo a minha carne

quando não consigo pensar em você

eu sinto a navalha atravessando o meu pescoço quando nao consigo te dizer nada alem de eu te amo

ou repetir suas palavras

me sinto tão mal

temo pelo silencio em seus ouvidos

temo pela morte dos meus labios

e tudo que eu quero eh te levar no céu

tão puro como antes

tão puro como nossos antigos sonhos

meu sangue ferve, me cauteriza as veias

me impede a visão de algo além do seu bem estar.

tenho medo de não ser seu amanhã

porque te amo demais hoje

sei que esse amor que faz temer o amanhã

é o mesmo que vai me segurar ao seu lado

tudo que eu quero é um mundo só nosso

e egoísmo a parte, dane-se o resto

dane-se mesmo

eu estou cansado de ver o inútil ser tratado como ouro

e o precioso como fútil

eu me mordo de raiva

quando vejo tanta mentira, desse povo morto

sem ação, de muitas palavras

e de poucos atos,

eu quero um mundo livre disso,

livre dessa pouca merda que me suja os pés.

E eu não tenho nem mesmo as chaves do meu apartamento,

e os caminhos me trazem a dor do PORQUE,

e tudo que eu quero é arriscar...

Mais me sinto tão confortavel em minha cama,

chorando por um mundo que não descobri,

por um mundo que pode ser meu...

DOR

um gemido de dor,

não sai de meus pulmões,

não arranha minha garganta,

não seca minha língua,

não estoura meus tímpanos...

EU que tenho medo de lutar, pois tenho medo de perder

perco tudo por ter medo de lutar.

E o mundo que desejo,

não passa de um beijo, um sedutor sentimento de eternidade

que não dura mais que um instante,

Que me faz desejar a morte por não saber ter sempre aquele gosto.

Eu não passo de um sonhador mal faturado,

uma fabrica de tijolos sem forno.

Um troglodita piedoso,

Um tarado sem tesão.

EU sou um nada,

um reclamão que diz ser e ser

e nada faz

nada faz

e odeio os que fazem o mesmo...

EU sou um louco que começa a falar de amor

pra poder explicar física...

EU SOU HOMEM, INDECISO

IMPRECISO...

eu sou a mais poderosa arma auto-destrutiva que um dia

poderia ter criado.

Paulo do Vale
Enviado por Paulo do Vale em 13/03/2007
Código do texto: T410623