As crianças de hoje...
As crianças de outrora
Rejubilavam de alegria
Pois nenhum mal parecia
Que um dia as fosse afectar
Fosse á luz do sol ou ao luar
Sempre que lhes apetecia
Podiam na rua sempre brincar
Em paz e harmonia
Sem qualquer preocupação
Pois o mal não estava á espreita
Nem havia tal maleita
Como há nos dias de então
A rua era de todos nós
Toda a gente se conhecia
Gritava-se a uma só voz
Do nascer ao cair do dia
Até que as forças durassem
Como se nunca acabassem
Numa tamanha euforia
Hoje já nada disso se vê
As crianças ficam nos quartos
Agarradas aos computadores
Disso nunca ficam fartos
Pensando assim estar protegidas
Esquecem-se que há malfeitores
Que se tornaram predadores
Destas vitimas desprevenidas
Passam a infância em vão
Sem saber o que é um peão
Ou de brincar às escondidas
Hoje são crianças sofridas
Só gostam do que é virtual
Para eles o resto é banal
Porque nunca, nem nada fizeram
Quando forem adultos
Entenderão o que perderam