Livro: PRECONCEITO

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É interessante analisar o modo como as pessoas vivem, agem, pensam, falam e todos os seus paradoxos. O mundo moderno autodenominasse livre, pelo menos a maioria dos países atuais, mas infelizmente não vão muito além de teorias. Todos nós temos direitos de livre escolha, mas o preconceito contra o que cada ser humano considera moralmente inadequado interfere na vida de outros cidadãos. Se alguém opta pelo que é diferente ou se acaso tenha nascido geneticamente alterado, as pessoas ao seu redor parecem sentir-se ofendidas pelo mesmo. Tratam uns aos outros como se fossem aberrações na face da Terra. E aqui devoto meus esforços em prol da abolição, não do preconceito em si, pois este é característico do ser humano, mas sim ao desrespeito com relação ao outro.

É natural do ser humano julgar o outro, mesmo que por momentos breves. Observe a seguinte situação. Você acaba de ser apresentado a um grupo de pessoas heterogêneas, ao observá-las você irá julgá-los de acordo com as experiências que teve anteriormente e isto é um tipo de conceito pré-estabelecido. Mas o preconceito pode gerar problemas como o desrespeito pelo outro, pelo que é diferente. Se um homossexual descobre que se sente completamente infeliz ao lado de pessoas do sexo oposto, mas que se sente plenamente feliz ao lado de alguém especial, em sua perspectiva pessoa, do mesmo sexo, então desrespeitá-los seria uma atitude hostil.

A hostilidade aversiva a vida pessoal de cada ser humano é a consequência de baixo nível de conscientização. Pois cada cidadão tem direito de livre escolha e de ser respeitados pela sociedade ao seu redor. Inclusive existe o preconceito relacionado ao deficiente físico e as pessoas com genéticas alteradas. Este tipo de preconceito é resultado de pouco conhecimento relacionado a assuntos humanos. Nosso DNA é formado pelo óvulo da mulher e pelo esperma do homem, sendo que cada um insere 50% de sua carga genética nos seres que estão sendo fecundados. Esta genética pode ser agrupada por infinitas combinações diferentes, existem muitas possibilidades de codificação, acerto e de erro. Quando uma pessoas diagnosticada com autismo, asperger, retardo mental, dentre outros problemas psicossomáticos, as pessoas ao seu redor são altamente impulsionadas a julgá-las e recriminar estas pessoas por deterem uma formação anatômica cerebral diferente. E este preconceito pode ser mais rigoroso referentes a pessoas que nasceram com deficiências corporais, mal formação de órgãos, síndrome de Down, e por diante. Tais pessoas já enfrentam as suas lutas diárias para viver com suas debilidades e ainda têm que sobreviver as críticas de uma sociedade tão pouco compreensiva.

O preconceito gera uma sociedade doente em si. Quando apontamos o dedo para o outro criticando os problemas alheios, não olhamos antes para o espelho para enxergar a imundice de nós mesmos. Quando não somos médicos e diagnosticamos alguém como doente, podemos estar cometendo um erro gravíssimo e não olhamos para a nossa doença interna. Até os médicos erram, quem somos nós para aplicarmos um diagnóstico no outro, sem mesmo consultarmos a nós mesmos e vermos quais são os nossos problemas internos.

As pessoas também cometem um erro grave ao relacionar a espiritualidade como causa de respeito e desrespeito. As crenças pessoais de cada um também podem ser vítimas de preconceitos externos. A luta atual religiosa é relacionada a poder e marcação de território, a quem dá a palavra final. Mas não podemos aplicar uma verdade universal. As mentes são complexas e seria um desrespeito a inteligência humana obrigar criaturas altamente inteligentes a acreditar no que achamos que é correto. Cada ser humana é responsável pela própria verdade, por aquilo que acredito e pelas suas escolhas pessoais para vida. Não temos a eternidade para desfrutar da Terra, então necessitamos utilizar até mesmo os nossos milésimos de segundos sabiamente e de acordo com nossos desejos pessoais. A mente sente-se ameaçada quando é forçada a se dedicar àquilo que converge as suas crenças e seus anseios para vida, pode ser inconscientemente considerada uma agressão ao “eu” de cada um.

Continua...

Stéphane Fernandes
Enviado por Stéphane Fernandes em 25/01/2013
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