Genialidade

Todos nós lemos o mesmo livro da vida, as páginas do viver são diferentemente construídas por cada um, mas o ambiente que compõe o livro engloba a mesma imanente natureza que nos cerca. Cada um escreve capítulos diferentes, pois cada um realiza um diferente viver. Em geral somos medíocres na experimentação de nosso viver e na interpretação da natural realidade na qual estamos imersos. A genialidade aparece quando damos nova e mais verdadeira interpretação desta mesma realidade imanente.

O gênio se diferencia do inteligente, pois continua caminhando, indo mais longe e além na interpretação desta realidade, do que o simples inteligente, que por si só se contenta com o que possa aprender. O gênio constrói a transformação, o gênio transforma a interpretação, o gênio interpreta de forma transformadora os mecanismos de ação por traz dos fenômenos superficiais.

Nossa humanidade deveria nos diferenciar dos demais animais, nossa inteligência prática e útil é um diferencial de viver, e a genialidade é um diferencial entre todos. Mas cabe ressaltar que a humanidade inexiste sem amor. Inteligência sem amor de nada serve, e em geral nos leva a desumanidade, e a genialidade sem amor, é que nem a racionalidade sem o mesmo amor, nos leva a dureza de coração e a ditadura do conhecimento. Tanto a racionalidade, como a genialidade, precisam do amor como ponto equilibrante de nossa própria humanidade. E em contrapartida o amor sem racionalidade nos leva a fraqueza do viver, para verdadeiramente amar necessitamos de razão, e a razão para ser completa necessita do amor.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 25/01/2013
Código do texto: T4103429
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