O modo como eu te trato
Me pedes pra que eu te trate como adulto. Mal sabes que me encantei foi com teu jeito de criança, moleque, teu sorriso fácil, tímido.
Não posso mudar o jeito como te trato, pois não seríamos você e eu, e sim dois estranhos que se veem pela primeira vez.
Me chateia pois penso que não gosta de como cuido pra que você sempre tenha um sorriso nos lábios, pra que nunca te aborreças, pra que não te machuques, sejas livre, conquiste o mundo.
Não aceito que não possa mais te chamar por apelidos únicos, que você reconheceria onde quer que esteja. Não me peças pra que nos tornemos normais, não tenha tamanha insensatez.
Me deixa construir nosso castelo infinito, com nossas semelhanças e diferenças, tudo tão nosso, recluso, ímpar. Nosso lugar secreto onde os segredos não existem, onde a verdade é o amor.
Não permita que eu desanime tentando te ver adulto, pois aos meus olhos sempre serás o menino confuso, com medo do escuro, olhos travessos, covinhas no rosto, pelo qual amei com ardor.
Não tente mudar o modo como eu te trato, isso me faz te diferenciar entre milhões e milhões de pessoas. Te reconheceria entre tantos rostos, ao olhar teus lindos olhos refletindo o brilho das estrelas.