Vai! Agora é a sua vez
Afira o incomensurável, vai
Evite o inexorável, vamos
Quero ver, não é o cara?!
Conheça o desconhecido, mas pergunte-o
Se há alguém que Ele conhece
Apague o fogo com pólvora
Exercite seus reflexos relaxado numa poltrona
De pregos, enquanto cita ou descreve o indescritível
Os brônquios não deixam que os peixes morram afogados
Use inutilidades e inutilize utilidades, vamos
Tente ver o invisível, mas não procure o imperdível
Tenho certeza que o futuro é incerto, sempre acerto
Decline o que sente ao papel e sinta o Seu decline do papel
Da moça que lança muito amor e coisas boas que me degola
Uma morte justa, uma morte muito mortal e familiar
Quero escrever o bem, do meu bem, de alguém que bem
Me quer, dificultar o fácil e facilitar o difícil não é tarefa
Pra qualquer um não. Acredite no inacreditável
Porém nunca imagine o inimaginável – não contrarie a contradição
Faço isso como troco de roupa, ou como escovo os dentes
Trace um paralelo entre um paradoxo ou tente dispensar o indispensável
Ou dispense a despensa, mesmo cheia, aproveite o inaproveitável
Suba nos degraus sem colocar os pés – Garante seu troféu pela sua derrota
Abata o imbatível, persiga-o fugindo e tente, só tente fugir perseguindo
E me fale, você conseguiu? A resposta é clara, óbvio – que SIM!
Agora é sua vez, aguardou tanto por esse inesperado momento
Se alegre com a infelicidade e felicite a depressão com um champanhe
Vá lá, jogue-se do prédio, e caia no 10º andar – pule por baixo de algo
Risque uma linha no chão e subtranspasse-a – Compreenda o nada
Nadifique o incompreendido e aprenda que a complexidade está na hermética do simples – Humanize os humanos, mas não esqueça
Que o Inesquecível pode durar a eternidade de toda uma vida
Mude o imutável sem molhar a água. MAS NÃO DISTORÇA
O que eu disse aqui, respeite o irespeitável e apague com o lápis
Depois que errou com a borracha já era, ame o ódio, mas NÃO
Odeie o AMOR, Ele é a morte após a vida. Ouça o que eu digo
Temporize a sua perda e não perca o seu tempo, Curta a vida,
Mas não enCURTE-a – repita o repetido e iluda o ilusionista.
Acabe com o inacabável mas não cochile acordado e nem acorde o sono
Chiiiiiilllll! (ele adora sonhar com o insonhável)
MAS NUNCA, NUNCA TENTE APAGAR A LUZ DO Sol.