O enviado maldito

Não há razão para você me esquecer, perdi a razão ao encontrar você, e minhas promessas se confundem ao um mar de falsas acusações.

Mas eu não quero lembrar, que você ainda se lembra, que você chora calada e a noite chama meu nome, enquanto eu estou em casa, afogado em culpa e desespero.

Perdida dentro dessa dor, e eu nem posso te salvar, estou preso dentro desse horror, e eu nem posso te enxergar, tamanha minha escuridão, que tampou minha visão.

Eu tenho esperado um tempo, e assistido alguns corpos largados ao vento, agora que tudo em minha vida se resume a trevas e sangue, beijos cobertos de ódio, lhe carrego um veneno doce, daquele veneno que eu usei para te matar, eu matei por amor, matei porque fui fraco, porque sou um idiota.

Filho da escuridão, eu talvez tenha nascido para machucar, talvez essa seja minha maldição, viver sozinho, enquanto eu assisto você se matar.