O amor não é burguês

Há coisas insondáveis sobre o amor. Eu ouso mencioná-las porque quero desafiar certos estigmas cravados na pele.

Sempre me disseram que o verdadeiro amor não é egoísta, não sofre por não possuir e ainda me disseram que é sublime em todos os aspectos e visto de todos os parâmetros. Fizeram do amor um kitsch vagabundo. Um ideal inalcançável. Quase uma ideologia.

Como se só seres perfeitos pudessem amar. Privaram os cárceres, os psicopatas, os delinquentes e ,finalmente, o mundo de amar.

Como se só existisse um tipo de amor, como se o amor não pudesse misturar-se com outros sentimentos.Acho que o amor é o mais anarquista de todos os outros sentimentos. Ele não escolhe sexo, idade, orientação sexual, religião ou coisa alguma e não impõe leis.

Então por que reduzi-lo a algo tão burguês e taxativo? O amor está acima do bem e do mal como diria o velho Nietzsche.

Pessoas ditas más também amam. Vamos parar de maniqueísmo... As pessoas têm mil almas, não podemos descrevê-las em dois pólos. Não vamos cair na mesma armadilha do Harry em o Lobo da estepe. Vamos brincar com as nossas personalidades e dar vida a novos personagens e amar de mil formas. Como as coisas plurais são belas!