RELIGIÃO NA VITRINE

Todas estão expostas, todas tem seus funcionários, todas tem um gênio da lâmpada(Deus). Quando menciono a religião, estou dizendo sobre seus pressupostos de encarar sua divindade como sujeito para resolver todos os dilemas da sociedade. Deus não escreveu nada, deseja parceiros para escrever novas histórias para um mundo melhor. Não acredito em destino(como se tudo já fosse escrito) mas na construção da história. A religião faz um desserviço quando coloca Deus como um manipulador de todas as coisas. Na vitrine, tem um Deus castigador, controlador, curandeiro, que desdém a cultura de um povo, que dar de ombros a quem tem dúvidas, ledo engano. Portanto, apesar de ter uma formação cristã, não faço parte de nenhum movimento alienante e que tenha esses tais pressupostos absurdos. O meu Deus é uma criança, é a beleza de um poetar, é o amor nas relações humanas, é o mar desconhecido, é o beija-flor dançando no jardim, tudo isso e mais, reflete a imagem de um Deus cheio de graça.