Intensamente, amor!
Amor: no início é letra maiúscula, quase gritada, para expressar que se gosta de alguém. Com o passar do tempo, já não tem mais aquela força do começo. Exatamente quando as máscaras começam a desabar e vemos que todo aquele "amor" nada mais era do que uma simples atração. Então, começam a chegar as vírgulas. Interrompendo a história. De repente, volta a começar com as letras gritadas. Novamente se vê que não tem aquela força toda. Aquela vontade e até mesmo o sentimento recíproco. Quando menos se espera, chega o ponto final. Quando nada mais pode ser feito. Aí, tentamos, muitas vezes sem sucesso, recomeçar uma nova história, uma nova fábula. Sabendo que não existem "príncipes encantados", muito menos as "fadas-madrinha". E que, com certeza, por mais que consigamos, nada volta a ser como era antes. Nem sequer pode ser como desejamos. As feridas abertas, mesmo que por outros, está sempre ali, visível. Especialmente quando acontece algo que nos remete ao passado. Que pode até momentaneamente ser esquecido. Mas que jamais morre. As lembranças, as circunstâncias e até mesmo algumas pessoas, infelizmente não mudam. E as comparações se tornam inevitáveis. A dor, irreparável. E a história, somada ao sentimento, inesquecível.