O AMOR

Amar não só nos faz melhor, nos faz humanos.

O amor não vem até nós, temos que ousar construí-lo. O amor não nasce configurado em nossa mente, mas é construído desde cedo, e nossa família e amigos desta construção são parte efetiva.

O amor não vem fácil. O amor não se compra e muito menos se obtém de empréstimo ou de doação. O amor não nasce de sonhos, não chega pela esperança, e não nos faz perfeitos.

O amor não mata a fome, não cura doenças. O amor sozinho não melhora em nada a vida dos abandonados e excluídos.

O amor verdadeiro nos dá coragem e ousadia de lutar por estes excluídos. O amor verdadeiro tem que ser acompanhado de atitudes, ações e comportamentos. Quem ama age, constrói, luta e se expõem pelos menos favorecidos.

Amar nossos filhos é muito fácil, amar os amigos também é fácil, Amar as crianças limpinhas, saudáveis, educadas e socialmente próximas a nós também é fácil. Agora, amar os estranhos, os que sofrem da miséria e do abandono social, amar os velhinhos sujos, amar as crianças que talvez nunca tenham se sentido dignas de conhecer o que é humanidade, não é nada fácil. Em especial é difícil amar os diferentes ou os que não compactuam com nossas crenças.

Mas quem verdadeiramente constrói seu amor, vai derrubando estas muralhas, vai suplantando os preconceitos, vai destruído a defesa de nossos interesses pelo interesse social. Quem ama faz-se parte do todo, não faz-se dono de parte. Quem ama se diminui pelo todo. O amor tem o poder de nos fazer ser todos, nos mantendo nós mesmos.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 13/01/2013
Código do texto: T4081880
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