A DAMA DE NEGRO – 7 REGRAS SOCIAS.

Antes mesmo da criação do Éden eu já vagava ao lado Dele vendo estabelecer luz onde antes era trevas, vendo um átomo associar-se a outro átomo para criar a vida, mas à rebeldia da nova substancia gerada formava explosões belas pelo universo recém-criado...

Lembro-me dos símios iniciais, que pouco tem em comum com os atuais, ingênuos em sua nudez, belos e criados sem limites pelo paraíso. Ousaram a se erguer, ousaram a tentar compreender, deram nomes ao conhecimento e fugiram Dele por causa de uma única regra: “Jamais ter o conhecimento”.

Os símios iniciais se juntaram em clãs; clãs familiares como matilhas de lobos, onde os alfas impunham-se pela força, ditavam regras. Assim surgiram aldeias, cidades e civilizações.

Para que uma nação sobreviva e floresça, essa nação deve-se tornar uma comunidade de leis, limites reconhecidos pelos cidadãos que habitam dentro dela, isso permite que os cidadãos cresçam juntos prosperando.

Civilizações inteiras pereceram por não haver regras, ou haver regras que visavam apenas poucos indivíduos, essas civilizações acabaram tendo fins trágicos e mudanças de poder e muitos vieram para os meus braços. Às vezes apenas lideres outras civilizações passaram de grandiosas para apenas lendas...

Quando um ser quer viver fora da lei ele quer rejeitar a comunidade.

O grande problema da sociedade moderna que a célula básica esta doente, os progenitores estão esquecendo-se de ensinar os limites para as suas proles e como estes filhotes poderão viver em comunidade?

A trocar de sentimentos por bens matérias, a falta de limites, a falta de correções e de punições por erros estão tornando o símio em “átomos”, moléculas, prontas para a explosão, moléculas que irão cair nas mãos de ferramentas modernas para antecipar a vindas desses elementos até a mim. Isso quando esses pequenos símios doentes não explodem levando consigo outros para os meus braços. A culpa foi do molde frouxo dos progenitores. O triste desta historia que os progenitores se intitulam lamentavelmente e erradamente como “pai” e “mãe” e continuam a achar que o amor é sempre falar o sim. Que é trocar a correção por presentes para compensar a ausência... Se o molde não mudar em breve muitos, mas muitos mesmo virão para os meus braços gélidos, culpa da sociedade ou do molde básico?

André Zanarella 12-04-2012