NORMAL
Quem passa pela via
Caminho de todo dia, vê.
O cenário macabro
Que expõe o terror
Em forma de gente.
Homens, mulheres, crianças...
Amontoados.
Alucinados.
Desumanizados.
Num espetáculo do mal.
Quem olha, aponta.
Nada vê além do que se quer ver.
Exige, cobra, define...
E com o tempo, convive
Como nada, além do nada que lá se vê.
E o convívio torna tudo normal
Assim como a menina-mãe
Ou a criança que rebola para o sorriso dos pais.
Ou mesmo, a falta destes pais no sim e não.
Normal, como norma do mal...
Que mina a dignidade,
Mente a verdade;
E confunde os sentidos...
Enquanto isso, um novo BBB começou.
Normal...