NORMAL

Quem passa pela via

Caminho de todo dia, vê.

O cenário macabro

Que expõe o terror

Em forma de gente.

Homens, mulheres, crianças...

Amontoados.

Alucinados.

Desumanizados.

Num espetáculo do mal.

Quem olha, aponta.

Nada vê além do que se quer ver.

Exige, cobra, define...

E com o tempo, convive

Como nada, além do nada que lá se vê.

E o convívio torna tudo normal

Assim como a menina-mãe

Ou a criança que rebola para o sorriso dos pais.

Ou mesmo, a falta destes pais no sim e não.

Normal, como norma do mal...

Que mina a dignidade,

Mente a verdade;

E confunde os sentidos...

Enquanto isso, um novo BBB começou.

Normal...

Ubirajara Oliveira
Enviado por Ubirajara Oliveira em 09/01/2013
Código do texto: T4074929
Classificação de conteúdo: seguro