Possibilidades

Do desequilíbrio surge o princípio de toda ordem. A não transcendência da ordem dá vida ao motim. Nessa ordem palhaça, tímidos múrmuros não são ouvidos em meio ao berreiro de quem paga mais, mais caro, porque pode e por isso, vence.

O marasmo mata, também quem quer que dele tente sair, enquanto as horas se acumulam. No caos é preciso organizar as ideias. Mais que isso, precisa-se organizar o ser e tudo aquilo que dele pretende sair, pretende alterar ou criar.

Há um movimente silenciado que altera a mediocridade rotineira. Uma rotina de séculos. Os passos ao mais além têm encontrado novos sapatos, enquanto, ao mesmo exato tempo, arduamente, tenta se encaixar numa fenda que resta na mente do humano. O movimento é heresia ante ao misoneísmo, que às vezes parece ser desejado e cultuado, como um deus que promete padecer qualquer que ameace as propriedades putativas ou intelectuais já construídas.

Possibilidades são ignoradas e opta-se sempre pelo caminho mais curto. Mas possibilidades nunca inexistem, não se submetem ao “mesmo”, nem ao medo. Chamam na entrada da caverna, e continuam chamando até que alguém resolva atender.

LoanaK
Enviado por LoanaK em 06/01/2013
Código do texto: T4070936
Classificação de conteúdo: seguro