Quem me dera ter asas
Quem me dera ter asas
Mª Gomes de Almeida
A tarde anuncia chuva rara no meio norte piauiense e do interior do meu carro contemplo a rara beleza no horizonte donde se levantam nuvens expeças e escuras. Coisa linda de se ver!
Dançava lindamente um pássaro de penas negras que por pouco passaria despercebido se fosse eu a condutora do veículo. Meu marido o fazia e por isso mesmo me privei de chamar-lhe a atenção para o momento lindo e fugaz. Por instantes, desejei ser como aquele pássaro. Livre! Livre do que se imagina indispensável. O indispensável aprisiona, mata!