NEM NO REAL NEM NO VIRTUAL

Na madrugada de 03 de dezembro de 2013

Há um poeta que amo, amo tanto que há uma estrofe de poema dele no meu perfil: Mário de Sá-Carneiro. Para dizer o que pretendo, peço socorro a outros de seus versos, os seguintes:

“ Eu não sou eu, nem sou o outro

Sou qualquer coisa de intermédio

Pilar da ponte do tédio

Que vai de mim para o outro.”

Com a licença do meu bem-amado poeta vou utilizar-me do espírito desses seus versos como mote, para dizer de mim, com justeza, em prosa poética, através de linguagem e temática contemporâneas:

Eu não sou real no mundo real nem real no mundo virtual; também não sou fake nem nada que com isso se pareça. Sou o pilar da ponte entre a coisa nenhuma de mim, que sou, e a nenhuma coisa de mim, que sou, também. Em resumo: Não sou, logo não devo constituir razão para receio de qualquer natureza a ninguém. Afinal, por que se ter receio daquilo que não é?

De todo modo, enquanto eu conseguir fazer de conta que existo... está tudo bem... essencialmente para o bem de minha mãe.

Como quisera eu que isso tudo que escrevi aqui fosse mero jogo de linguagem! Como o quisera eu!

P.S. Não vos assusteis. Isso não é de hoje, que duvido da minha existência desde menina, quando nem havia nascido ainda o tal chamado mundo virtual. Não vos assusteis, que sempre fui precoce, em tudo, em tudo, demais. E só fui piorando rsrsrs, com o progredir dos tempos e dos fatos, virtuais e não.

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