Vida, brilho idílico

Foi o ápice do sofrimento. Mas amores são como Impérios: depois do apogeu há a decadência; inevitavelmente caem junto com a ideia sobre a qual ascenderam. Como não menos que uma mártir, ela arranca as espadas das costas - são dez - uma a uma, pouco a pouco. O vazio se preenche com sangue, derme, tecidos, VIDA. Como uma csárda russa: depois do sofrimento agudo e do choro grave, vem o ritmo dançante, a felicidade, a reimposição. Depois do silêncio vem a voz; depois da morte, outra vida. Calma doçura, o sol volta a brilhar depois da escuridão, mesmo no seu inverno de seis meses do polo norte.

Sabina Liova
Enviado por Sabina Liova em 02/01/2013
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