Entrelinhas do meu eu
Não, nada apaga da minha memória o esplendor do teu sorriso e a ingenuidade do teu olhar. É tão bom te ter por perto, me sinto completo.
Cada vez mais me asseguro que no meu peito existe algo intenso e verdadeiro e isso me motiva a acreditar que o amor jamais se dissipou, que ele pode renascer a qualquer momento.
Em contrapartida, sei que se optar pelo caminho de tentar investir nesse amor, eu terei de derrubar barreiras terríveis, talvez as piores até aqui. Sem contar que até então, esse sentimento só parte de mim, ao menos até onde imagine.
Por isso ora te amo, ora te odeio. Confuso, não? Não! Apenas eu sei o que guardo comigo, e esse “ódio” não representa nada além da sensação de fracasso por ainda não ter sequer te beijado.
E você joga baixo comigo, sabia? Não te autorizei a visitar meus sonhos durante todas as noites. Ah, e que sonhos... Já não basta enquanto estou acordado, pois você está frequentemente presente em meus pensamentos.
Admito que sou receoso ao extremo, logo não espere que eu chegue me derretendo, minha personalidade não permite isso. Acho que o meu olhar já me entrega o bastante. Não gosto de atirar e errar o alvo.
Então, permita-se! Dê-me a mão de verdade e largue definitivamente esse lance de brincar. Podemos construir um castelo, não de areia, mas sim de amor, e de um amor sólido e duradouro.
Só depende de você, de mim, de nós.