Ano Novo?

Abri os olhos.

Ainda na cama ouvi os rumores do ano novo. Alguns fogos retardatários (ou estaria eu adiantada em acordar para o dia?), o piar de alguns pássaros, o gorjear de outros tantos, um cão latindo ao longe. Tudo extremamente familiar. Só a ideia de um novo ano era novidade em minha mente. Claro que a ideia, pois o planeta, a natureza não seguem nosso tão humanizado e egocêntrico calendário. Tudo se repete incessantemente, em ciclos uniformes. Não aceitamos, pois vemos a nós mesmos como passageiros na Terra, e não compreendemos que somos ínfimos, que nossa característica de transitoriedade também é repetitiva...